Friday, March 02, 2007

movimento

refaz
o dia de quase sempre
a menina jaz
no mérito do shopping-center
e o menino segue a brincar no banheiro,
vez em quando muda de ares,
e liga seu video-game para uma aventura sem picadeiro.

pois é,
a garota que costumo gostar,
segue a namorar
e me tem ao esquecimento;
pior seria se só uma fosse,
são várias.

é,
chega a noite
e a gente só dorme tarde.
a noite é boa,
esfria, esquenta,
alivia, orienta.

...

Zé,
aquele lá trabalha hoje,
amanhã e depois de amanhã.
vida difícil aquela!
queira Deus trazer
muito prazer
e bom humor.


é ingenuidade e também corrente
quem sabe a gente
muda o presente
e o futuro.
juro,
que no meu muro
escreverei teorema.

né,
João?
eu não te peço perdão
agora,
muito embora,
não posso olvidar-me de dizer-lhe:
obrigado amigo, muito obrigado.

praça da sé,
por quê toda cidade tem uma?
"haveria de existir tanta redenção!"
só assim o povo se libertaria,
acho que, enfim,
o autor
pensou assim
antes de compor.

e não dê ré.
viu?
gaste o bocado,
gaste o trocado,
gaste o gasto
da vida
e do coração.

aí não! ande a pé
dê ré
e volte a praça da sé
pra ver Zé
jogado em fé
por mané,
ou não,
ser ou não ser,
eis a questão...

castanho meus pêlos
se enveredam pela
horta do verão
e quanto mais gravo a versão de mim,
mais falsifico o estandarte,
mais omito a necessidade
de viver aqui,

no íntimo,
no público,
no rústico estado de liberdade,
Bahia ou putaria
qualquer
me cai bem,
se bem que de vez em quando
é bom mudar.

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