Cordel de nós dois
Se a poesia de agora viesse leve
como você veio à mim,
eu, plebe,
gozaria por dois dias,
tal qual Boca do Inferno em Alecrim.
Cordel de nós dois inté que dá,
dá fruta mangaba, goiaba,
e uma porção de cajá.
Dá limão, pêra, melancia, laranja,
e o tal dito acalmante, maracujá.
Céu de nós dois aí é que brilha,
feito luar no alto do Sertão,
aceso, obeso,
de ilhas
numa constelação.
Nega frajola,
você aqueceu que nem um lampião
à Maria Bonita
uma trova
de paixão.
Cavalo meu vai,
vai em tropa e bandoleiro.
Pode ir agora
ou não querer ir ligeiro.
Cavalo meu vai,
vai com o tempo,
e caso haja vento,
que deixe-o levar pelo fado de fabular.
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