Thursday, February 01, 2007

Que Léo Goze O Existir

As cores deste fado
são dor
de limão
e amor
de mangaba.

Santo Amaro
gosto um bocado
e hoje viajei demais
na dela.

janela
de música
é sentir,
abrir
o coração.

ver gente
contente,
sem dente,
comendo pão,
tomando cerveja,
tomando na cara.

que tara
do povo,
ao novo
eu faço cinema
só pra ela
sem lema,
só, sem trela.

Luna, das cores
dentre os meus amores
hoje,
eis a mais bela.

a mais cheiro de fubá,
o mais ligeiro ônibus que eu pegar,
a mais, a menos,
o mais, o menos...
a menos extremista,
o menos grosseiro motorista.

Luna,
tão linda,
que veio, que vim
assim...
bem-vinda ao meu leve prosear!

cana-de-açúcar que ficou do caldo
dinheiro que zerou meu saldo
alegria
que valeu meu dia

e que virá amanhã
na van
de voltar pra casa
rasa
do acontecer.

viver
é bom
e é barato
é assalto
é dom

é dádiva
da luna
do céu...
que Léo
goze o existir.

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